Rota 2030 vai estimular desenvolvimento de veículos sustentáveis

Programa lançado no último dia 5 incentiva empresas do setor automobilístico a investirem em tecnologias que reduzam poluição e aumentem a eficiência energética

Criada nesta quinta-feira (5), uma das metas da nova política industrial para o setor automobilístico, o Rota 2030, é aumentar a eficiência energética e a segurança dos veículos comercializados no País.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, as medidas representam um marco histórico para a indústria automobilística nacional. “Passamos por uma grande transformação, com muitos desafios, e o Rota 2030 chega para fomentar a manutenção da pesquisa e do desenvolvimento do setor no Brasil”, afirmou, na solenidade de criação do programa, no Palácio do Planalto.

Para estimular a produção e a comercialização de automóveis menos poluentes, um decreto reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos elétricos e híbridos. A alíquota passará de 25%, como é hoje, para uma faixa que vai de 7% a 20%, dependendo da eficiência energética.

Megale ressaltou que os efeitos dessa medida serão positivos para toda a população. “A indústria dará sua resposta à sociedade no sentido de maiores investimentos, produzindo veículos mais econômicos e com isso trazendo uma situação melhor de sustentabilidade para o País”, comentou.

Comércio

O Rota 2030 também inclui projetos que têm como objetivo criar condições de competitividade entre as empresas. Poderão ser concedidos até R$ 1,5 bilhão por ano de crédito tributário a empresas que investirem ao menos R$ 5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.

Com isso, o equivalente a 10,2% dos investimentos poderão ser usados no abatimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

A previsibilidade também foi destacada pela categoria como outra meta fundamental. “Nosso setor precisa disso para saber o que vai ocorrer nos próximos anos. Assim, tanto importadores quanto fabricantes podem investir mais no Brasil”, acrescentou José Luiz Gandini, presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).

Fonte: Planalto

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